sábado, 4 de junho de 2011

exercicio 3: Fichar 10 artigos

FICHAMENTO 1:

BIOTECNOLOGIAS, CLONES E QUIMERAS SOB CONTROLE SOCIAL
missão urgente para a divulgação científica

MARCELO LEITE
Editor de Ciência da Folha de S.Paulo, jornal do qual foi também ombudsman, e autor do livro Folha Explica: Os alimentos transgênicos


A divulgação científica tem papel relevante a cumprir na abertura de um terreno comum de neutralidade e racionalidade entre os campos opostos e extremados, mas não pode por si só gerar o consenso necessário, pelas limitações institucionais da imprensa e dos centros produtores de pesquisa (que não são órgãos políticos de representação), ou porque a própria imprensa se encontra prisioneira de mecanismos de reprodução do que caberia chamar de ideologia cientificista. Esses temas serão discutidos com base na polêmica dos já mencionados alimentos transgênicos e no entusiasmo com o Projeto Genoma Humano.
A perspectiva de passar a ingerir vegetais geneticamente modificados despertou vagos fantasmas, semelhantes aos da energia nuclear: uma tecnologia incompreensível, fora de controle público e capaz de pôr em circulação ameaças invisíveis contra a saúde humana e o ambiente. A polêmica chegava com certo atraso, embora mais rapidamente do que aos Estados Unidos, onde só se tornou tema de debate este ano. Enquanto isso, na Europa e na Ásia, os transgênicos literalmente pegavam fogo, com militantes ambientalistas incendiando campos cultivados com variedades de organismos geneticamente modificados (os famigerados OGMs), plantas "engenheiradas" para se tornarem resistentes a insetos ou herbicidas.
Enquanto essas categorias forem aplicadas para tentar explicar ou resolver o amarrado debate brasileiro sobre a biotecnologia agrícola, ora estacionado nas barras da Justiça, pouco se avançará. É tarefa do jornalismo científico, além de fornecer as informações básicas para entender a tecnologia, livrar-se ele mesmo dessas imagens simplificadoras e oferecer ao público um quadro mais matizado e próximo da complexidade social e política da questão.
Apesar do nome Projeto Genoma Humano, que parece restringir a empreitada à espécie humana, estão nela incluídos também os seqüenciamentos de organismos de outras espécies, até como etapas preparatórias para alcançar o que já se chamou de Santo Graal da biologia. No caso do homem, ao que significaria ser humano e, assim, à chave de todas as doenças, até mesmo do comportamento e de seus distúrbios. Sem esse gênero de operação simbólica, o Projeto Genoma dificilmente amealharia as verbas milionárias de que necessita. A sobrevivência do programa depende da sobrevivência da concepção reducionista e determinista dos genes como átomos plenipotentes da natureza, inclusive da humana.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392000000300008&script=sci_arttext&tlng=es

FICHAMENTO 2:

Identificação do perfil genético,
somatotípico e psicológico das atletas
brasileiras de ginástica olímpica feminina
de alta qualificação esportiva

Andréa João
José Fernandes Filho

                        O objetivo principal deste estudo é identificar as características
somatotípicas, psicológicas e genéticas (dermatoglifia), para traçar
o perfil das atletas brasileiras de ginástica olímpica feminina
de alta qualificação esportiva.
                        O conhecimento
sobre a estrutura somática das ginastas brasileiras, compreendendo
as características somatotípicas, genéticas e psicológicas
do grupo participante deste estudo, permitirá, posteriormente, a
comparação com dados de outras populações.
A ginástica olímpica é uma modalidade que evoluiu
muito tecnicamente, e tornou-se extremamente difícil chegar ao
alto nível, exigindo assim, características especiais dos praticantes
que almejam alcançar altos resultados.
Os atletas da linha de competição têm por objetivo atingir
a performance máxima, em busca de resultados em competições
de alto nível, e devem, para isso, submeter-se a treinamentos
rigorosos dedicando grande parte de suas vidas a essas metas.
É um desporto que
se distingue pela grande variedade de movimentos artifi ciais,
dinâmicos ou estáticos, de difícil coordenação, executados em
condições especiais: nos aparelhos, onde o nível dos ginastas é
avaliado por um grupo de juízes, conforme os critérios de difi -
culdade do programa, a composição e a qualidade de execução
Na Rússia, o processo de seleção de talentos pode durar desde
o ingresso da criança no esporte, em torno dos cinco anos, até a
participação em competições. Nas escolas esportivas, a criança é
encaminhada à modalidade para a qual tenha maior chance de
sucesso. A partir daí, a seleção é feita com base nos resultados dos
exames médicos, testes pedagógicos, características psicológicas
e genéticas, tomando-se como referência os dados dos atuais
campeões mundiais e olímpicos, e a experiência acumulada da
metodologia de treino para atingir o nível técnico do modelo mais precocemente, atendendo ao aspecto evolutivo do esport

http://www.fpjournal.org.br/painel/arquivos/2160-1_Genetico_Rev2_2002_Portugues.pdf

FICHAMENTO 3:

A pesquisa médica e biomédica no Brasil. Comparações com o desempenho científico brasileiro e mundial


Jorge A. Guimarães
 

Indissociavelmente associadas nos países desenvolvidos e também naqueles com desenvolvimento recente, educação e C&T compõem as bases essenciais de um ciclo virtuoso que subsidia o crescente progresso socioeconômico desses países.
Entre os dez mais destacados em desempenho em C&T (EUA, Japão, Alemanha, Inglaterra, França, Canadá, Itália, China, Rússia e Espanha) esta correlação é majoritariamente observada. Neste particular, países com PIB também expressivo, como México (mais acentuadamente), Índia e Brasil ainda não apresentam tal correlação.
No Brasil, o complexo educacional universitário e, conseqüentemente, o sistema de C&T foram ambos estruturados muito tardiamente e estão, ainda, em processo de consolidação. Ademais, nossos processos de ensino na educação fundamental e mesmo na graduação universitária, predominantemente informativos que privilegiam a memorização em detrimento do processo formativo, vêm se mostrando bastante deficitários e perigosamente defasados da demanda por um ensino qualificado.
Muitas áreas, com capacitação de recursos humanos ainda não consolidada apresentam desempenho modesto. Assim, nosso crescimento em C&T vem sendo garantido pelas áreas mais consolidadas, destacando-se, entre essas, física, medicina, química, ciências biomédicas e subáreas das ciências agrárias, das engenharias e ciências humanas e sociais. Este artigo destaca o desempenho da área médica, com suas 31 subáreas ou disciplinas e das ciências biomédicas no Brasil nas duas últimas décadas.
o Brasil passou a contribuir com significativa parcela do total mundial dos trabalhos completos publicados em revistas de circulação internacional indexadas no ISI e assumiu posição destacada no ranking da produção científica mundial. No conjunto, os dados permitiram incluir o Brasil entre os 18 países mais destacados como geradores de novos conhecimentos. Excluída a participação dos EUA, que respondem atualmente por 34% da produção de todos os países, a diferença média da posição do Brasil em relação aos demais 16 países à sua frente em 2001 cai para 2,9 vezes. Isto permite antever que se não vierem a ocorrer limitações da sistemática de fomento à C&T e mantido o ritmo atual de crescimento da produção científica brasileira, será possível superar na próxima década vários dos países concorrentes ainda situados à nossa frente, inserindo o Brasil no seleto grupo dos dez países cientificamente mais desenvolvidos que são os maiores produtores de conhecimentos novos no mundo! Afora nossos êxitos na música popular e no futebol, o desempenho do Brasil no campo científico está consubstanciado em parâmetros quali-quantitativos únicos de difícil equiparação com qualquer outro segmento do nosso espectro de atividades destacadas e presentes no competitivo ambiente internacional


FICHAMENTO 4:

O DIAGNÓSTICO ANTECIPADO DE DOENÇAS
GENÉTICAS E A ÉTICA

Professor Volnei Garrafa

                  A quantidade de novos projetos depesquisa, ensaios, artigos, revistas científicas e livros oferecidos pela Internet e por outros
meios de comunicação é crescente. Apesar de situações bioéticas persistentes (como o
aborto e a eutanásia) continuarem dividindo o mundo em posições opostas e quase
inconciliáveis, e em que pese as novas técnicas reprodutivas terem ocupado os principaisespaços da mídia internacional na década passada (no que se refere às situações bioéticas emergentes), a pauta bioética do início do século XXI aponta dois temas que concentram apreferência das atenções dos pesquisadores, estudiosos, grande imprensa e demaisinteressados na matéria.
                 Um brasileiro pobre,nascido na periferia de Recife, no Nordeste do Brasil, vive aproximadamente 15 anosmenos que um pobre nascido na mesma situação na periferia de Curitiba ou Porto Alegre,no Sul. O usufruto democrático dos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico etecnológico, portanto, está muito longe de ser alcançado. Esta é a dura e crua realidade:quem tem poder de compra vive mais, quem é pobre vive menos. E a vida passa a ser umnegócio rentável para uns, inalcançável para outros... A saúde é substituída pela economia e suas teorias mirabolantes, em um mundo comandado pelo fundamentalismo econômico.
                     Algumas doenças relacionadascom certas mutações genéticas, como a betatalassemia (uma forma de anemia hereditáriaque incide em certas populações mediterrâneas), a anemia falciforme (que atacapreferencialmente negros e que por longo tempo causou problemas em Cuba) ou a doençade Tay-Sachs (que causa graves distúrbios neurológicos entre judeus da América do Nortee Israel), são exemplos positivos de como testes confiáveis, simples e baratos podem trazerresultados positivos.
                      O perigo,no entanto, reside no fato da técnica vir a dominar o mundo, a sociedade, a natureza, semmediação científica e sem conflitos sociais.

http://www.comciencia.br/noticias/2005/10/noticia_IBM_18out05.pdf

FICHAMENTO 5:
A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO SOBRE A ESTRUTURA DO DNA

Neusa Maria John Scheid
Nadir Ferrari
Demétrio Delizoicov

                       Na interpretaçãodos relatos sobre a evolução do conhecimento científico que culminou na proposição domodelo de dupla hélice para a molécula de DNA e sua aceitação pela comunidade científica.Acredita-se que essa compreensão deverá permitir a exploração de uma visão mais adequadasobre a natureza do conhecimento científico e poderá contribuir para a melhoria da educaçãocientífica, especialmente na formação de professores de ciências biológicas.
                      A partir desta análise epistemológica da proposição do modelo da estrutura do DNAbaseada em algumas categorias da teoria de conhecimento de Ludwik Fleck (1896-1961), pretende-se explicitar aspectos da produção e evolução do conhecimento científico.
                 O modelo de dupla hélice, atualmente aceito para descrever a estrutura da molécula
de DNA, é atribuído a James Watson e Francis Crick, por sua publicação na Revista Nature,
de 25 de abril de 1953. Hoje, passados mais de cinqüenta anos desde esta publicação, muito
já se escreveu sobre a história desse fato científico em livros e artigos.
                      embora a publicação da estrutura do DNA tenha ocorrido em 1953, as evidências doDNA como material responsável pela informação genética surgiram muito antes. Em meados
da década de 1880, já se falava no núcleo como sede da hereditariedade e que a cromatina (ou
cromossomos) constituía o material genético
                      Os conhecimentos disponíveis até então,
indicavam que as proteínas eram mais complexas estruturalmente que o DNA. Foi esse estado
do conhecimento, na época, que imprimiu na personalidade dos cientistas um estilo de pensamento,isto é, uma determinada abordagem para a busca de soluções dos problemas. Esse
estado do conhecimento pode ter sido o responsável pela desmotivação dos pesquisadores para
buscar entender como o DNA poderia ser a molécula portadora dos genes.

FICHAMENTO 6:
As Especificidades do Sistema
de Inovação do Setor Saúde

EDUARDO DA MOTTA E ALBUQUERQUE
JOSÉ EDUARDO CASSIOLATO

                             As universidades se caracterizariam como um verdadeiro foco
e centro de convergência de fluxos. Essa posição crucial é uma manifestação da
proximidade que o progresso tecnológico do setor tem com a ciência. Hospitais e centros médicos acadêmicos apresentamdemandas para os componentes do sub-sistema e interagem ao longo do seu
desenvolvimento.
                            A saúde pública entra com um papel importante, tendo interações diretas
com as universidades e instituições de pesquisa, além de receber as inovações provenientes
do complexo médico-industrial. As interações processam-se de forma
mediada pelo sistema de assistência médica.
                             Na indústriade equipamentos médicos, por sua vez, inovações requerem o trabalho de físicos,engenheiros eletrônicos, especialistas em novos materiais, especialistas médicos etc.
                             É fácil estabelecer uma correlação entre melhorias na saúde em geral e
renda per capita mais elevada, maior consumo de bens e serviços, melhor infra-estrutura
de um país. a interação entre crescimento econômico e saúde é não-automática,
mas multidimensional, recíproca, mutuamente determinante e de efeitos crescentes,
ascendente.
                            É verdade que um hospitalmoderno típico consome pesados investimentos na compra de equipamentos médicos,sofisticados e caros. Porém, essa associação direta entre progresso tecnológico
e altos gastos deve ser avaliada com mais cautela. É verdade que um hospital
moderno típico consome pesados investimentos na compra de equipamentos médicos,
sofisticados e caros. Porém, essa associação direta entre progresso tecnológico e altos gastos deve ser avaliada com mais cautela

http://www.rep.org.br/pdf/88-9.pdf

FICHAMENTO 7:

                            DOPING GENÉTICO E ESPORTE
  
Andréa Ramirez
Álvaro Ribeiro


O prejuízo, ainda que meramente potencial, à saúde dos atletas, não é elemento constitutivo do “doping”, mas sua eventual decorrência. Com efeito, não se faz uso de doping com a intenção de causar um dano à saúde. Logo o aspecto de proteção à saúde dos atletas é um dos elementos centrais da investida “antidoping”ii. Assim, o doping pode ser compreendido como a (utilização de) substância ou método que possa melhorar o desempenho esportivo e atente contra a ética esportiva em determinado tempo e lugar, com ou sem prejuízo à saúde do esportista.
                        A administração ou tentativa de administração, o encorajamento, a incitação, a instigação a assistência ou de qualquer modo a ajuda ou a dissimulação da administração de substância ou método proibidos a qualquer desportista, ou a prática de qualquer outra forma de cumplicidade que implique em violação ou tentativa de violação de qualquer regra antidoping .
                         Com respeito aos princípios éticos fundamentais universais, o Olimpismo visa “colocar o esporte a serviço do desenvolvimento harmonioso do homem tendo em vista a promoção de uma sociedade pacífica e preocupada em preservar a dignidade humana”.
                        Apesar de pouco sucesso documentado e algumas intercorrências, a terapia gênica tem revelado influência importante no paradigma clínico para o tratamento de doenças herdadas e não herdadas. Diferentemente do objetivo da terapia gênica, que consiste em alterar um gene para obter a cura como resultado, o doping genético não requer exatamente a modificação em um gene específico, pois há muitos genes que, se modificados, podem levar ao aumento do desempenho esportivo.
                        Nos últimos anos as tecnologias biomoleculares vêm sendo aplicadas na área biomédica principalmente para o diagnóstico de doenças. Porém, diferentemente dos testes de paternidade e dos exames de identificação criminal, que passaram a ser feitos pela análise do DNA e oferecem mais de 99,999% de fidedignidade diagnóstica, ainda não há terapias gênicas 100% eficazes e seguras à saúde humana.
                        As discussões acerca da existência do doping genético aparecem mais em veículos de divulgação do que em periódicos científicos. Por ocasião dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, os jornais e a internet lançaram muitas matérias, algumas das quais, juntamente com artigos científicos, foram redirecionadas e discutidas pelos participantes das listas de discussão sobre doping (Cevdopagem, 2004) e genética (Cevgenética, 2004), duas das mais de cem listas temáticas de discussão sobre esportes do Centro Esportivo Virtual.

http://www.boletimef.com.br


 FICHAMENTO 8:

A LEI DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO GENÉTICO

Walter Colli

                      Há uma cultura predominante no Brasil que entende que toda ciência tem aplicação industrial e, portanto, gerará lucros. Em conseqüência, qualquer atividade de coleta deve ser rigorosamente fiscalizada.Suas motivações são freqüentemente estéticas e, na quase totalidade, os cientistas são aqueles que mais pugnam pela preservação daquilo que estão estudando. No entanto, os legisladores, os formuladores de opinião e a mídia insistem em achar que a ciência só existe quando contribui para o PIB. Por isso, há que regulamentá-la e, em conseqüência, evitar que os cientistas possivelmente "depredem" o "patrimônio genético nacional" em favor de agentes estrangeiros e de empresas multinacionais visando supostos e gigantescos lucros.
                         o cientista nunca tem planos específicos a desenvolver. Ele precisa de liberdade para formular e experimentar teorias e, ao responder perguntas, formular outras. Não é possível que a maior parte do tempo de um cientista seja ocupada em pedir autorização para cada atividade que ele irá realizar. A exigência de autorização especial de acesso e remessa de "componente do patrimônio genético nacional" é simplesmente ridícula. Dá à CGEN um poder de censura digno da inquisição, pois, ela pode decidir o que vai e o que não vai ser pesquisado no país.
                         Imagine o leitor o drama de um cientista que faz pesquisa de campo no país e que necessite de amostras de várias regiões para poder comparar e estudar migrações, evolução ou determinantes da diversidade. Ele terá, antes de tudo, que obter autorização dos proprietários das respectivas terras para poder coletar amostras e lidar com pessoas dos mais diferentes níveis educacionais, demonstrando a todos que suas intenções são apenas a de estudar e não a de explorá-las para "fins industriais".
                          A lei das comunidades indígenas não é nossa lei, uma vez que cada tribo tem um conjunto de normas legais, isso quando a lei não é expressão da simples vontade dos caciques. Na prática, a burocracia associada a essas disposições tende a crescer de maneira difusa, inviabilizando a pesquisa, pois, como se sabe, o cientista não tem atrás de si competentes estruturas administrativas que o protejam de tanto zelo cívico. Diante de tantos meandros o cientista simplesmente pára e o conhecimento tradicional associado continua tradicional para sempre.

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000300025&script=sci_arttext&tlng=en

FICHAMENTO 9:

DOENÇA DE ALZHEIMER: uma análise da produção científica brasileira
Maria Paula Benfica Rodrigues
 Daniela Tavares Gontijo

                   A Doença de Alzheimer (DA) é atualmente considerada um problema
de saúde pública em todo o mundo. Os custos diretos e indiretos relacionados
com a doença, tais como tempo despendido e perda de produtividade;
o impacto nega tivo na saúde do cuidador, criados durante o processo de
assistência prestada; as limitações peculiares ao diagnóstico; e as expectativas
negativas dos pacientes e de seus familiares, são responsáveis por
repercussões importantes na qualidade de vida de um grande número de
idosos
                       A DA acarreta um declínio funcional progressivo e perda gradual da
autonomia, ocasionando nos indivíduos por ela afetados uma dependência
total de outras pessoas. os critérios mais amplamente aplicados para a deÞ nição
clínica de DA preconizam a presença de demência estabelecida por exame
clínico, documentada por avaliação do estado mental padronizada e conÞ rmada
por testes neuropsicológicos.
                      A DA se inicia, frequentemente, após os 60 anos de idade. A idade é
indiscutivelmente o fator de risco mais importante para o desenvolvimento
de demências. Além disso, são também identiÞ cados como fatores de risco
para a DA uma história familiar positiva, síndrome de Down, baixo nível
econômico e gênero feminino (após 80 anos). embora a nossa compreensão da doença de Alzheimer esteja longe deser completa, tem sido feito considerável progresso no sentido de entendero processo que a envolve e as possíveis formas de intervenção inseridas de
acordo com o contexto particular de cada paciente.
                      É importante pontuar a importância da utilização de diferentes
métodos e técnicas no processo de realização de diagnósticos diferenciais,
pois várias outras condições podem apresentar-se, de início, com quadro clínico
semelhante à DA, entre as quais se incluem outros tipos de demências,
as desordens amnésicas, o retardo mental, as desordens Þ ctícias, o estado
confusional agudo (delirium), as desordens psiquiátricas funcionais (depressão
maior, esquizofrenia), o comprometimento cognitivo leve, declínio cognitivo
associado ao envelhecimento, ou ainda o comprometimento da memória
associado à idade.
 
http://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/6040

FICHAMENTO 10:

Origem da síndrome metabólica:
aspectos genético-evolutivos e
nutricionais

MARIA GABRIELA VALLE GOTTLIEB
IVANA BEATRICE MÂNICA DA CRUZ
LUIZ CARLOS BODANESE

                 O pré histórico,do Período Paleolítico, era essencialmente caçador, coletor (coletava frutos e raízes para complementar sua dieta, hábito adquirido,muito provavelmente, através da imitação de outros animais silvestres) e nômade (andava de lugar em lugar à procura de alimentos, devido à hostilidade do meio ambiente).Essa mudança de estilo de vida repentina, em escala evolutiva, não acompanhada de mudanças genéticas e fisiológicas,e o aumento da expectativa de vida,promovido principalmente pelo desenvolvimento das ciências médicas e novas tecnologias,provavelmente, são os grandes promotores de doenças crônicas.
                               A Síndrome Metabólica (SM) é um complexo distúrbio metabólico provocado pela quebra da homeostasia corporal, razão pela qual é também definida como a “Síndrome da Civilização”. Por se tratar de um distúrbio que envolve o metabolismo
dos carboidratos, lipídeos e proteínas provenientes da dieta, bem como programação e
predisposição genética.
                              Maior importância no processo evolutivo.Entretanto, a genética determina a suscetibilidade a doenças, enquanto que fatores ambientais determinam qual indivíduo, geneticamente suscetível, será afetado.  Nos últimos10.000 anos, desde a Revolução Agrícola, o
genoma humano basicamente não mudou, ou seja, a taxa de mutação espontânea para o DNA
nuclear está estimada em 0,5% por milhão de anos. Atualmente,a nossa dieta difere muito daquela para a qual nossos genes foram selecionados. Ela mudou essencialmente no que diz respeito ao tipo, à quantidade de ácidos graxos essenciais e à constituição antioxidante dos alimentos.
                             A Biologia Molecular tem proporcionado muitos avanços na elucidação de questões importantes relacionadas à nutrição, tais como os mecanismos pelos quais os genes influenciam a absorção dos nutrientes, o metabolismo, a excreção e até mesmo o paladar.
                             A SM é um distúrbio que consiste em alterações do metabolismo dos glicídios (hiperinsulinemia, resistência à insulina, intolerância à glicose, ou diabetes do tipo II) e lipídios (aumento de triglicerídios e HDL-colesterol diminuído), obesidade abdominal, hipertensão arterial e distúrbios da coagulação (aumento da adesão plaquetária e do inibidor do ativador do plasminogênio-PAI-1).
                            É importante destacar a associação da SM com a doença cardiovascular, aumentando a mortalidade geral em cerca de uma vez e meia e a cardiovascular em aproximadamente duas vezes e meia. Contudo, pouco se conhece a respeito da origem da SM. A predisposição genética, a alimentação inadequada e o sedentarismo estão entre os principais fatores de risco que contribuem para o seu desencadeamento.

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewArticle/2228

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